terça-feira, janeiro 22, 2008

Driving the last spikes...

O título de post é um referência a belíssima música do Genesis entitulada "Driving the last spike", que, por sua vez, é uma referência ao ato de colocar o último "spike" (picão, estaca que segura o dormente) em uma ferrovia. O ato de "Driving the last spike" era um privilégio para quem trabalhava na construção de ferrovias na Inglaterra do século 19, pois inúmeros trabalhadores morriam antes deste momento.

Espero que no final deste ano eu esteja "driving the last spike" do meu mestrado. (e quem faz mestrado sabe a palavra spike aplica-se perfeitamente ! :))

Durante 2007 não postei aqui... Estive muiiiito feliz durante este ano e há quem diga que o sofrimento é o alimento do poeta, então isto deve justicar algo. (Deby, Te Amo ! :)) <-- e isto deve explicar melhor. ;)

Saí da minha banda (ainda no primeiro semestre). Não tinha mais como eu continuar nela, então conversei com pessoal, expliquei o motivo "gota d'água" que gerou esta decisão, expliquei os demais motivos e tudo acabou numa boa. Eles logo arrumaram outro baixista, muito bom diga-se de passagem, e tudo ficou certo. Fiz até uma participação especial no Venus Rock (tradicional festival da cidade de Venâncio Aires). Vejam: http://br.youtube.com/watch?v=o4yFacNSx-0. Para variar minha mão direita cansou e comi mosca em algumas notas.

Então, segui meu caminho, como na música acima citada "showing no fear of what lies up ahead". Sem medo de talvez nunca mais ter uma banda, sem medo de talvez perder a motivação e largar o baixo. Agradeço de coração a todos os comentários e incentivos que recebi de membros, ex-membros e amigos da banda. Muito obrigado pessoal ! Esta fase de minha existência foi ótima e responsável por muitas coisas boas vindouras. ;)


Certo dia me deu uma loucura e resolvi procurar no orkut bateras em Santa Maria que toquem e gostem de Rush. Achei um cara que toca pra caralho e gente finíssima ! "...good fortune that day was mine !"
(muito desta loucura ainda está se manifestando ! aguardemos os próximos capítulos... :))


E no mais keep on rockin' pessoas ! Postarei mais em breve... Último CD do Rush... Último livro do seu Oliver Sacks...


Porcupine Tree - Mellotron Scratch

quarta-feira, dezembro 13, 2006

Testezinho...

nem sei pq... :p

Você pode se envergonhar... eu não... hehehe... quem curte rock progressivo tem um (apenas um ?) pé na loucura... :)

sexta-feira, setembro 22, 2006

Sejam bem vindos de volta meus amigos !

Muito tempo sem escrever aqui. Muita coisa aconteceu deste Maio deste ano... Vamos lá este post vai ser um mix.

Mudanças, mudanças e mais mudanças... a única coisa fixa neste mundo.

De Maio até agora assisti a Holus na abetura pra o Shaaman no Opinião, grande show, grande apresentação da Holus e acreditem: eles estão mesmo construindo aquele navio, mesmo que a busca pelo objetivo nunca termine, como retratado da letra de 'Life, from Where ?' da própria Holus. :)

Minha banda (Nebulozza) teve mudanças na formação, saiu nosso vocalista (Richard) e o guita base (Thiago) (saidas não relacionadas diga-se de passagem :)). E agora a Nebulozza está com Greice nos 'lead vocals' e dois guitarristas solo/base (Duda e Geferson Zakk Wylde (aquele do Ozzy)). :o
A cozinha segue igual.

A Holus também passa/passou por mudanças. Saiu o baixista (Hans) e, até onde sei, o vocalista André vai assumir o baixo (mais um motivo pra curtir a Holus !) e o guitarrista Renan também se despediu.

É... a mudança é permanente mesmo.


Alguns minutos atrás acabei de terminar o livro Ghost Rider: Travels on the Healing Road, onde o baterista do Rush (Neil Peart) conta como se recuperou de suas tragédias pessoais já contatas neste blog. (terminei de ler ele ontem a noite, não no horário que estou postando aqui)



É possível dizer que o livro é chato em alguns momentos, mas sou obrigado a dizer que senti arrepios de emoção ao terminar de lê-lo. Uma verdadeira história de superação, uma história de profunda beleza que só a vida real poderia construir (como muitas belas histórias mundo afora que não vão parar em livros mas também são muito belas).

Durante o livro são citados fatos, como a leitura das cartas de Tarô, que deixam o CD Vapor Trails do Rush ainda mais fantástico e os céticos, como eu venho me tornado, um pouco mais crentes.

Vale destacar o que uma mulher pode fazer na vida de um homem, para o bem, neste caso. Segundo as palavras do próprio Neil Peart ele não teria gravado este CD com o Rush, ou seja voltado a trabalhar, nem escrio o referido livro se não fosse o amor dela.

(Muito embora de Maio até agora também vi exemplos de como uma mulher fazer de ruim na vida de um homem (e vice-versa claro). Diga-se de passagem, como argumentava Nietzsche, podemos demonstrar nosso poder de duas maneiras:

1-Pelo bem: fazemos bem as pessoas e estas assim gostam de estar ao nosso lado, assim mostramos que temos o poder de fazer com que se sintam bem.
2-Pelo mal: podemos fazer uma pessoa sofrer e demonstrarmos assim que temos poder para lhe causar este mal.

O que todo mundo quer é demostrar seu poder, não tem dizer que não ! hehehhe)

Feito este parêntese devo dizer que o livro Ghost Rider é emocionante de modo geral e mostra que o melhor que temos a fazer quanto estamos tristes ou acabados é nos movermos ! Se não de moto pelo Canada, Estados Unidos e México, como Neil Peart, que seja até a esquina, até a casa de um amigo (de verdade), qualquer lugar menos ficar parado (já dizia aquela música 'esperar não é saber...'). Mova-se: algo irá aparecer (Something will come up, como é dito no livro em vários momentos).

Para comemorar a leitura do Ghost Rider coloquei o Vapor Trails pra tocar. Para encerrar este post deixo aqui a última frase do livro: "Dedicated to the future, with honor to the past". Ótima maneira para se levar um vida... :)


Escutando Rush - Nocturne (Did I have the dream or did the dream have me ?)

terça-feira, maio 02, 2006

Musica Cheia de alma...

Hearts full of soul, musics full of soul. Existem certas composições que, além de belíssimas, parecem estar cheias de alma, cheias de somas de "harmônicos fundamentais da emoção" que geram o timbre, a única onda somada, a música.


Por trás das músicas estão sempre as pessoas e pode-se afirmar, com certo grau de certeza, que uma música cheia de alma normalmente é composta por um coração cheio de alma. Uma composição feita em um momento tristeza, de felicidade, de raiva, tem uma enorme chance de possuir esta atmosfera, compor, escrever, quando se está sentindo colabora para isto. Afinal, música não pode ser apenas ruído, apenas técnica, apenas som, música precisar ser música ! :)

Neste contexto me lembro de uma frase extremamente sagaz de um cara que admiro bastante, tanto pela insanidade quanto pela genialidade, que é Frank Zappa. No CD Joe's Garage a garota do ônibus diz o seguinte: "Information is not knowledge, Knowledge is not wisdom, Wisdom is not truth, Truth is not beauty, Beauty is not love, Love is not music, Music is the best !" (Informação não é conhecimento, Conhecimento não é sabedoria, Sabedoria não é verdade, Verdade não é beleza, Beleza não é amor, Amor não é música, Música é o melhor !). Diga-se de passagem grandes problemas já surgiram ao se confundir as coisas citadas nesta frase de Frank Zappa.

Há quem possa polemizar nesta frase na parte que diz: Love is not music... mas o que é o Amor ? quem o definiria com precisão ? a música serve para ultrapassar qualquer metáfora, não apenas a metáfora do amor, mas a metáfora de qualquer sentimento, por isto: Music is the best !

A música pode ser vista também como um catalisador da vida. Alguns buscam a admiração com ela, querem o aumento de seus egos, outros montam bandas para fazer protesto (as vezes apenas para protesto e nada de atitude), outros aprendem a tocar um instrumento para "pegar" gurias, outros querem deixar uma obra para humanidade, outros apenas ganhar a vida com música. Considerando a índole humana não se poderia afirmar que uma motivação é menos nobre que outra, não a considerando poder-se-ia (mazá, uma mesóclise ! :)).

Mas e a música cheia de alma ? Pq não se escuta música cheia de alma nas FMs da vida ? Será que tudo precisa ser comercial ? uma música com um pedaço de nossa alma venderia bem ? é complicado saber...

Vamos dar um exemplo: Acho a música Hotel California do Eagles uma música mais do que fantástica, mas acho que ela não está cheia de alma, é belíssima mas acho que não... Acho que isto deve-se ao fato do Don (cantor e primeiro autor da música) não me parecer um "Heart full of soul". Também é complicado fazer esta consideração se eu jamais falei com ele, hehehe. Ainda sobre o Eagles a música "Help through the night" interpretada pelo Joe Walsh me parece muito mais cheia de alma, a voz de Joe Walsh, apesar do timbre fanhoso, que diga-se de passagem é parecido com o meu (mas isto não influi na qualidade da interpretação, óbviamente), contém muito mais emoção do que a do Don. Acho que está aí a diferença: a soma de harmônicos fundamentais da emoção.

Indo para outro extremo, apesar de alguns plágios e "four chords that made a milion" music (que as vezes até são boas), eu considero que a música do Nirvana possui um significativo conteúdo de alma. Não tanto como outras mas ainda sim com alma. É insteressante a maneira como as idéias eram grotescamente cuspidas, até a sujeira e o exagero do som deles representa isto. Nas interpretações ao vivo, quando não estava totalmente drogado ou em crise de dependêcia, é possível notar um pouco de alma a voz do véio Kurt.

Mas, é importante ressaltar, que o que contém alma para mim pode não conter para outro (ou apenas não ser visto por outro). Afinal a beleza está nos olhos de quem vê e, mesmo com a beleza refletida nestes mesmos olhos, o(a) dono(a) deles precisa ponderar se é beleza ou não. :)


Tratando de música com alma gostaria de recomendar dois links aos parcos, mas fiéis, leitores deste blog. O primeiro trata-se do site do Grupo Voz, estes caras cantam muito muito muito mesmo, colocam bastante emoção nas suas interpretações e possuem composições belíssimas. No site é possível baixá-las. O segundo é o novo site da Holus ! Além das músicas do primeiro ciclo, também existem várias outras informações e humor sagaz deles continua bastante afiado. E posso dizer de antemão que as músicas do próximo ciclo/release estão ficando realmente boas e vastas.

Ta aí: duas bandas que fazem jus ao nome. O Grupo Voz, simplesmente ótimo nos vocais, e a Holus, definitivamente abrangendo o todo em termos de estilos.

Escutando Audioslave - Be Yourself (versão Nebulozza !!!! yeah !)

segunda-feira, março 27, 2006

Like a ghost rider...

A queda, o mais baixo baixo, a ascenção, o mais alto alto. O movimento de queda e ascenção talvez seja uma das coisas mais ???? que existem. Mas como virar Fênix sem antes ser cinzas ? isto eu acho que ninguém sabe (se alguém souber compartilhe este conhecimento comigo.:)).

Conheço alguns/algumas Ghost riders que foram do mais baixo dos baixos até o mais altos dos altos e por estas pessoas eu possuo uma admiração impossível de colocar em palavras. Quem consegue fazer o momvimento "from the lowest low to the higest high", como dito na música Ghost Rider do Rush, consegue tudo.

Mas qual seria o lowest low ? E qual seria highest high ? Cada um possui o seu. Vou dar um exemplo mais conhecido...

Neil Peart, baterista do Rush, é considerado por muitos o melhor baterista de rock existente (eu faço parte destes muito, afinal ele toca, e toca muio bem, drums e não beats. :)). No final dos anos noventa, época que o Rush, banda que surgiu em 74, já era mais do que consagrada, ele teve seu lowest low. Em um período de 10 meses ele perdeu sua única filha, com 19 anos, em um acidente de carro, e sua esposa. Imagine você ser considerado o melhor naquilo que faz, uma carreira mais do que consagrada, e em um curto período acontecer coisas lhe deixam como o chão simplesmente sumisse.

Para tentar superar isso ele fez uma viajem de moto do sudeste do Canadá até o Alasca (se não me engano). Esta viajem ele relatou no livro, que ainda comprarei e lerei este ano, chamado Ghost Rider. No livro seguinte ao Ghost Rider, Traveling Music..., ele faz um comentário que me emocionou muito na hora que li. Ele diz algo como "...pois ao mesmo tempo que eu sou mais feliz que a maioria das pessoas, devido a todo sucesso profissional, eu também sou mais infeliz que a maioria das pessoas...". Na viagem descrita no livro Ghost Rider ele também encontrou escrito em um bar uma frase de extrema inspiração para ele, e para mim também: "Sucesso não é ressultado de combustão espontânea, você deve se colocar no meio do fogo" (Sucess is not the result of spontaneous combustion, you must set yourself on fire).

E então, depois da cinzas veio a Fênix. A Fênix pode ser representada nesta história com o CD de 2002 do Rush, Vapor Trails. Este CD mostra a força da Fênix e toda a vitória sobre o lowest low. As faixas One Little Victory e Ghost Rider deixam isto claro. Comemore suas pequenas vitórias e estes momentos se multiplicarão. Que se mostre a beleza mas nunca existe paz para o Ghost Rider, sombras na estrada que passou, sombras na estrada a frente, mas nada pode lhe parar agora, do deserto às montanhas, do mais baixo baixo ao mais alto alto, como um ghost rider... :)

Como citação vale dizer que comprei o CD Vapor Trails no dia do meu aniversário em 2003, quando estava viajando a serviço, e fiz uma baldiação em Garibaldi na qual tive que esperar um tempo pelo outro ônibus. Na frente da rodoviária havia a loja de CD (a rodoviária de Garibaldi é bem menor que a de Venâncio (só para vcs imaginarem melhor)).

Acho que era isso que tinha para dizer. Vale dizer ainda que existem vários passáros, todos com sua beleza ímpar, do pardal ao joão de barro, do condor ao albatroz, do beija-flor à carruira. Mas uma coisa é certa: se você quer ser Fênix é preciso primeiro aprender a ser cinzas. ;)

Ah... uma frase, não é cantada, que está no encarte do Vapor Trails na música Secret Touch é muito relevante:

"There is never love without pain, Life is a power that remains" (Não existe amor sem dor, Vida é a força que ainda permanece)... Afinal, sentimento maior que o amor e/ou o ódio somente a própria vida.

Escutando Queenrÿche - Suite Sister Mary.

domingo, março 12, 2006

If miss was a noun...

Será que o pessoal de língua inglesa apenas "sente falta" e não "sentem saudades" como nós ?

Será que ressonância de "I miss...", por exemplo, é a mesma de "Eu sinto saudades..." ?

A questão da saudade é bem complicada, uma questão candente eu diria. Lembrar de alguém é muito diferente de olhar uma foto que por sua vez é muito diferente de ver a pessoa pessoalmente. A imagem que temos de alguém é um simbolismo em nossa mente. A foto é um simbolismo real mas apenas um simbolismo.

Músicas de saudade em geral são bem expressivas (compostas em momentos de saudades talvez...). O melhor exemplo que vem em mente é, nada mais nada menos que, Wish you were here. No caso desta música a saudade, ou o desejo de alguém estar aqui, referia-se tanto ao pai de Roger Waters, autor da letra que nunca conheceu seu pai, morto na II Guerra Mundial, e ao companheiro de banda Syd Barret, que desenvolveu problemas crônicos devido ao excesso de uso de LSD.

Say Uncle da Vienna Teng também fala bastante da saudade e tem um passagem que eu simplesmente acho fantástica:

"I recall last time we met you said we'd meet again
the irony is only bitter now"

"Eu me recordo da última vez que nos encontramos você disse que nos encontraríamos novamente. A ironia é apenas amargo(?, bitter) agora."

Como a letra fala de um tio falecido é possível ver que a ironia amaga refere-se ao fato de eles agora apenas poderem se encontrar novamente no céu.

She's Moved On, escrita por Steve Wilson, da Porcupine Tree também é bem interessante... mas esta letra eu mais a sinto do que a compreendo (será que isto satifaz os empiristas ?? hahaha, poutz se você riu disso e eu ainda não lhe conheço fale comigo pq vc é uma pessoa muiiiito interessante, se já lhe conheço comente sobre isso comigo ;)).

Apenas como complemento à colcha de retalhes deste post devo dizer que o carnaval deste ano foi o melhor de todos os tempos, simplesmente conheci pessoas fantásticas e isso é simplesmente impagável... os lowest lows estão subindo e highest high parecem estar descendo (seria isto um caminho para mediocridade ? :o). Btw, tocou Show de Rock 'n Roll do Roupa Nova e Twist and Shout em uma festa de carnaval do domingo, isso é massa. ;)

Era isso... e keep on shining dudes !


Escutando Queensryche - The Mission.

sábado, fevereiro 04, 2006

Sensibility, armed with sense and liberty...

Esta belíssima frase possuidora de uma maravilhosa assonância e aliteração é o título deste post. Esta frase se encontra na música Cygnus X-1 Book II do Rush (pra variar :)), mas precisamente na parte entitulada The Sphere: A Kind of Dream (detalhe para o título do disco que é Hemispheres, descubra a história toda escutando o disco e lendo as letras em http://www.t4e.com.br/discos/discos_hemispheres.htm#1).

Mas enfim... Depois destes rodeios vim falar sobre a sensibilidade das pessoas perante a música.

Eu, por exemplo, sinto uma gostosa sensação em cima do coração ao escutar o tema Ode à Alegria da Nona Sinfonia de Beethoven, mesmo que este tema seja executado em um único instrumento. Só posso dizer: aquela melodia é algo além da compreensão. Mozart foi um gênio. Bach outro grande gênio. Mas são aquelas poucas notinhas daquele tema que me sensibilizam.

Aliás, experimento mais sensações na Nona Sinfonia. Outro exemplo é arrepios por todo corpo na subida das vozes no quarto movimento, é algo além de qualquer palavra. O dia que escutar esta obra ao vivo, executada por uma orquestra, acho que vou ter um troxo. :)

Outro causo é quando eu escuto um acorde de blues vem aquela tristeza. Os acordes de blues são mágicos, eles não são uma representação da tristeza, eles são a tristeza. E cá entre nós curtir uma deprê tocando uns "blues chords" é uma coisa muito legal... é como se você falasse seus problemas para os acordes e dividisse a triteza com eles. Btw, faz bastante tempo que não faço isso, o que por um lado é bom. :)

Não sei se isso tem a ver diretamente com o tema do tópico mas as vezes faço umas experiências nas quais eu tendo me conectar a música. Meditar sobre ela até que eu sinta que eu e ela somos uma coisa só. Infelizmente parece não ser muito fácil, consegui duas vezes. A primeira eu me uni a um solo de guitarra do Gilmour no CD The Final Cut, durante alguns instantes (2 ou 3 segundos) eu e aquele solo éramos uma coisa só (a sensação na verdade é mais de estar dentro do solo). A segunda foi com uma música do Emerson, Lake and Palmer durante o momento em que o Keith Emerson toca alguns padrões repetitivos no teclado, desta vez não foi bem conexão com a música mas uma espécie de acesso a coisas que eu não lembrava a muito muito muito tempo e que talvez só tenha lembrado daquelas sensações devido aquele momento, bem revelador diga-se de passagem.

Bem era isso... Como diria Nietzche: "A explicação dos tons não explica a música". Assim como a explicação de todos o elementos do universo também não explique a vida. :)

Escutando Porcupine Tree - The Sound of Musak.